«Quando amamos alguém, não perdemos só a cabeça, perdemos também o nosso coração. Ele salta para fora do peito e depois, quando volta, já não é o mesmo, é outro, com cicatrizes novas (…). E outras vezes não volta. Fica do outro lado da vida, na vida de quem não quis ficar ao nosso lado.» Margarida Rebelo Pinto.

Eu quero contar-te.
Quero gritar o que me está a destruir.
Mas não consigo...
A coragem, voa. A voz, não salta. E o coração, não deixa.
Faço-te mil juras, mil promessas, mil garantias.
Vou apagar-te da minha cabeça, tenho que conseguir.
Mas não consigo, não passo de uma fraca, não sei ter pulso firme. Deixo que a tua alma me domine.
Guias-me.
Já estou envolvida. Tens-me na palma da tua mão.
Não oiço a tua voz, não leio uma palavra tua... Isso magoa-me.

Magoa-me, o simples facto, de não provares todos os dias que estás a lutar por ti, que estás realmente vivo.
As saudades aumentam, a dor aperta e eu sinto-me cada vez mais pequena... Esmagada por mim própria.
Desapareces e apareces... Vais e voltas... Constróis e destróis.
Pela primeira vez, estou mal a sério e tenho que o esconder, principalmente, de ti.
A culpa é tua.
Achava que tinhas aparecido para mudar a minha vida... Agora acho, que és a pior pessoa do mundo, apenas por me fazeres amar-te assim.

Desculpa.